As taxas dos DIs continuaram em queda nesta quinta-feira, impulsionadas pela mudança de postura do governo em relação à política fiscal. Após o presidente Lula da Silva passar a defender o equilíbrio das contas públicas em vez de criticar o Banco Central, os investidores operaram com otimismo. As taxas dos DIs para diferentes vencimentos, como janeiro de 2025, 2026, 2027, 2031 e 2033, registraram redução.
O compromisso do governo em cumprir o arcabouço fiscal e a possibilidade de cortes de despesas no orçamento de 2025 contribuíram para a reação positiva dos investidores. Mesmo sem o presidente Lula abordar mais o Banco Central ou a política monetária, o mercado reduziu os prêmios de risco nas operações.
A curva de juros passou a precificar a permanência da Selic em 10,50% ao ano no final do mês, em contraste com a expectativa anterior de aumento de 25 pontos-base. Embora o presidente do BC tenha descartado um aumento da taxa básica no cenário base, a curva ainda projeta uma elevação da Selic até o final do ano.
No fechamento do pregão, a curva de juros a termo apontava 85% de chances de manutenção da Selic e 15% de possibilidade de alta de 25 pontos-base da taxa básica no fim do mês. A mudança de discurso do governo e as perspectivas de ajuste fiscal contribuíram para a redução das taxas dos DIs, refletindo a confiança dos investidores no cenário econômico.