Três das 15 maiores seguradoras do Brasil obtiveram mais de 10% de sua arrecadação com as principais linhas de seguro de vida e danos no Estado do Rio Grande do Sul nos primeiros três meses deste ano, de acordo com um levantamento do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, com base em dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Essas empresas mantêm uma presença significativa no Estado, que foi afetado por enchentes e ainda está em estado de calamidade pública. Até 18 de junho, o setor de seguros recebeu cerca de R$ 3,9 bilhões em pedidos de indenização, conforme dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg).
A Icatu foi a empresa que teve a maior participação na arrecadação do Rio Grande do Sul no primeiro trimestre. Com distribuição em todos os municípios do estado, a seguradora é uma das maiores do país. Enquanto isso, a HDI, terceira empresa com maior exposição ao Estado, tem buscado diversificar sua atuação regionalmente, apesar de ter no Sul do país um de seus primeiros mercados.
Ambas as empresas afirmam possuir balanços fortes para lidar com os impactos das perdas no Rio Grande do Sul. Estima-se que a Icatu terá que desembolsar cerca de R$ 100 milhões em indenizações nos seguros de danos a imóveis, enquanto a HDI já pagou aproximadamente R$ 260 milhões em indenizações no seguro automotivo e R$ 10 milhões em outras categorias.
Especialistas indicam que as perdas seguradas no Rio Grande do Sul podem se tornar as maiores da história do Brasil, ultrapassando os prejuízos causados pelo La Niña em 2022. No entanto, as empresas acreditam que, apesar do impacto inicial, o mercado de seguros pode se fortalecer com uma maior conscientização sobre a importância desses serviços.