O historiador Luiz Felipe de Alencastro analisou a relação entre o governo Lula e os militares, caracterizando-a como uma estratégia de postergação. Ele observou que, com o tempo e a distância dos eventos de 8 de janeiro de 2023, é provável que haja uma normalização nessa interação. Alencastro destacou a importância de preservar a memória dos mortos e desaparecidos da ditadura militar, salientando a necessidade contínua de honrar seu legado.
O historiador também abordou a decisão de Lula de não realizar eventos oficiais na data dos 60 anos do golpe militar, reconhecendo avanços como a prisão e condenação de militares pela primeira vez, além da reinstauração da Comissão dos Mortos e Desaparecidos. Ele enfatizou a relevância da atuação dos ministros Fernando Haddad e José Múcio Monteiro nesse contexto.
Além disso, Alencastro compartilhou sua vivência pessoal durante a ditadura militar, incluindo seu trabalho na Comissão Arns e o uso do pseudônimo “Julia Juruna” em artigos publicados no jornal Le Monde Diplomatique durante seu exílio na França. Ele explicou que escolheu um nome feminino para proteger sua identidade e facilitar a renovação de seu passaporte europeu.
A entrevista completa com Luiz Felipe de Alencastro está disponível em [Noticias ao Minuto](https://www.noticiasaominuto.com.br/politica/2171146/governo-lula-empurra-com-a-barriga-a-relacao-com-os-militares-diz-luiz-felipe-alencastro).