O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, em 2 de julho, a descoberta de um novo foco de monilíase do cacaueiro no município de Urucurituba, no Amazonas. Essa doença, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau e o cupuaçu, resultando em perdas na produção e aumento nos custos de manejo.
Após a confirmação da presença da praga, medidas emergenciais foram tomadas, incluindo a interdição da propriedade afetada, técnicas de erradicação e proibição do transporte de frutos e amêndoas do município para outras regiões. Além disso, houve um aumento na fiscalização do transporte de materiais vegetais hospedeiros da monilíase e campanhas de conscientização em áreas próximas.
Para evitar a propagação da doença, o Mapa estendeu a declaração de emergência fitossanitária para determinados estados e solicitou restrições na emissão de notas fiscais interestaduais para amêndoas de cacau provenientes do Amazonas. É importante ressaltar que a monilíase afeta somente as plantas hospedeiras do fungo, não representando riscos à saúde humana.
Devido aos possíveis danos causados pela praga, o Mapa destaca a importância de relatar imediatamente qualquer suspeita sobre a presença da doença em outras partes do país. Até o momento, o Brasil já havia identificado focos anteriores da monilíase, sendo o primeiro em Cruzeiro do Sul, Acre, em julho de 2021, e o segundo em Tabatinga, Amazonas, em novembro de 2022. Outros países da América do Sul, como Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru, também lidam com a presença dessa doença.