O Tribunal de Justiça de Minas Gerais estabeleceu um cronograma para as próximas fases do processo de recuperação judicial da plataforma de turismo 123milhas. A empresa terá um prazo de 30 dias para fornecer a relação de credores com os valores a serem recebidos e, em seguida, 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial. A juíza responsável pelo caso ressaltou a complexidade da situação devido ao grande número de credores e às questões tecnológicas envolvidas.
Embora a empresa esteja em dia com seus compromissos financeiros, como pagamentos de tributos, despesas diárias e salários, ela não está conseguindo quitar as quantias devidas aos credores atualmente. Após a aprovação do plano de recuperação, os pagamentos aos credores serão iniciados. No entanto, se a empresa não cumprir com o acordo, a recuperação judicial poderá ser convertida em falência.
Durante a audiência, os fundadores da empresa estiveram presentes, e a juíza solicitou que os credores se abstenham de entrar com ações judiciais neste momento. O pedido de recuperação judicial da 123milhas abrange cerca de 720 mil credores, incluindo pessoas físicas e jurídicas, como compradores de passagens e acomodações, além de micro e pequenas empresas. A empresa declarou ter dívidas no valor aproximado de R$ 2,31 bilhões.
Além disso, em setembro, outra empresa do grupo, a Maxmilhas, também entrou com um pedido de recuperação judicial, alegando dívidas no montante de R$ 226 milhões.