A privatização da Sabesp foi concluída com sucesso, resultando na maior oferta de ações da história do setor de saneamento no Brasil, alcançando um total de R$ 14,8 bilhões. A Equatorial adquiriu 15% do capital da empresa por R$ 6,9 bilhões, enquanto o restante foi proveniente da oferta global, com a participação de 310 investidores institucionais. No total, foram vendidas 191,7 milhões de ações, além de um lote extra de 28,7 milhões, ambas ao preço de R$ 67,00 por ação.
A demanda pelo papel da Sabesp foi expressiva, atingindo R$ 187 bilhões, impulsionada por investidores estrangeiros e locais, sobretudo fundos de infraestrutura. O processo de privatização envolveu reuniões em vários países, com a participação de aproximadamente 270 investidores. Iniciado em fevereiro de 2023, os estudos para a desestatização duraram cerca de oito meses, culminando na aprovação do projeto de lei em dezembro.
A liquidação das compras ocorrerá na B3, com a presença do governador Tarcísio de Freitas, da secretária Natália Resende e representantes dos bancos coordenadores da operação. A Equatorial, única empresa a apresentar oferta, se comprometeu a investir R$ 70 bilhões até 2029 para a universalização dos serviços de água e esgoto em São Paulo. Apesar das críticas e polêmicas em torno da privatização, com questionamentos sobre o preço da venda, a Equatorial, conhecida por sua atuação no setor de energia elétrica, agora é acionista de referência da Sabesp, trazendo sua expertise em gestão para o setor de saneamento.
Essa operação é vista como positiva tanto para a Equatorial, que expande sua atuação para o setor de saneamento, quanto para a Sabesp, que conta com uma operação consolidada nesse ramo.