Resultados de pesquisas eleitorais na Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial, que ocorrerá em uma semana. Alguns levantamentos indicam uma vitória confortável do candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, enquanto outros sugerem a reeleição do atual presidente, Nicolás Maduro. Institutos como Datincorp, Delphos e Meganálisis apontam a vitória de Edmundo, enquanto pesquisas do Centro de Medição e Interpretação de Dados Estatísticos (Cmide), do Hinterlaces e do Internacional Consulting Services (ICS) indicam a reeleição de Maduro para um terceiro mandato. Analistas venezuelanos destacaram que as pesquisas eleitorais tendem a favorecer o voto da oposição historicamente, e ressaltaram problemas na medição de votos no país, como a volatilidade do eleitorado e falhas metodológicas nas pesquisas.
A Venezuela, com a maior reserva comprovada de petróleo do planeta, se prepara para as eleições com 21 milhões de eleitores aptos a escolher o próximo presidente. Esta é a primeira vez desde 2015 que toda a oposição concorre nas eleições, após boicotes anteriores. O país enfrenta desafios econômicos e políticos, incluindo um bloqueio financeiro e comercial e uma grave crise econômica que resultou em uma significativa migração de venezuelanos. Apesar de sinais de recuperação econômica recente, como a redução da hiperinflação, a situação continua delicada, com baixos salários e serviços públicos precários. Denúncias de prisões de opositores e incertezas sobre a aceitação dos resultados eleitorais por parte de alguns candidatos da oposição também lançam dúvidas sobre o cenário pós-eleitoral na Venezuela.