Privatização da Sabesp é concluída com cerimônia na B3
O processo de privatização da Sabesp, que teve início em fevereiro do ano passado, foi finalizado nesta terça-feira (23) com uma cerimônia realizada na B3, em São Paulo. A liquidação da oferta aconteceu na segunda-feira (22), marcando o início do novo contrato de concessão assinado pela Urae-1 (Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário Sudeste) em 24 de maio.
Além disso, a tarifa reduzida anunciada entrou em vigor, com uma redução de 10% para as tarifas social e vulnerável, 1% para a residencial e 0,5% para as demais categorias. Durante o evento, autoridades e empresários destacaram o papel social da Sabesp e a continuidade de seu trabalho, com o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, ressaltando que, apesar da minoria acionária do Estado, a Sabesp continua sendo um patrimônio de São Paulo.
A privatização arrecadou R$ 14,77 bilhões, com a ação vendida pelo Estado precificada em R$ 67. A Equatorial Energia adquiriu 15% das ações da companhia de saneamento de São Paulo, com um acordo que impede a venda dessas ações até 2029. O Estado agora detém 18% de participação na Sabesp, após a participação de 17,9 mil pessoas físicas e 290 fundos institucionais no processo de oferta.
O objetivo da privatização é antecipar a universalização dos serviços de água e esgoto de São Paulo para 2029, com previsão de investimentos de R$ 260 bilhões até 2060. A nova gestão da Sabesp assumirá a empresa após a eleição do novo conselho de administração em uma assembleia geral dos acionistas, com o governo estadual tendo restrições na indicação dos diretores.
Apesar disso, a privatização enfrentou críticas e controvérsias, com a maioria dos moradores de São Paulo sendo contrários à transferência da empresa para a iniciativa privada, conforme apontado por uma pesquisa Datafolha.