No domingo, 21 de julho, a Terra experimentou o dia mais quente já registrado na história, de acordo com dados preliminares do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia. Durante o verão no hemisfério norte, várias regiões do Mediterrâneo estão enfrentando riscos extremos de incêndios florestais devido às altas temperaturas.
Esse recorde mundial superou a marca anterior, estabelecida há um ano. As temperaturas globais têm ultrapassado um limite crucial nos últimos 12 meses, destacando a urgência de limitar o aquecimento global a menos de 1,5ºC acima da era pré-industrial, conforme estabelecido pelo Acordo de Paris. As mudanças climáticas estão aumentando a frequência e a gravidade de eventos climáticos extremos, como ondas de calor, inundações e incêndios florestais.
No sul da Europa, as altas temperaturas têm causado incêndios florestais, como os que ocorreram na Grécia, onde pelo menos 33 incêndios foram registrados entre domingo e segunda-feira. Outros países, como Espanha, França e Itália, também estão em risco de incêndios devido ao calor intenso.
O impacto do calor extremo já está sendo sentido em vários setores da economia global, afetando desde a aviação até as redes elétricas. O mês passado foi o mais quente já registrado, marcando o 13º recorde consecutivo nos últimos meses.
Até junho, a temperatura média estava 1,64°C mais alta do que no período de 1850 a 1900, de acordo com os dados do Copernicus. Previsões indicam que altas temperaturas continuarão afetando diversas regiões nos próximos dias, incluindo possíveis ondas de calor em países como Alemanha e França.