Na cerimônia de encerramento do processo de privatização da Sabesp, realizada na B3 (a Bolsa de Valores brasileira) nesta terça-feira, 23 de agosto, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu o modelo de venda da companhia. Ele ressaltou que o preço de R$ 67 por ação pago pelos investidores superou significativamente as cotações iniciais, que variavam entre R$ 33 e R$ 46. Tarcísio enfatizou que o objetivo principal do Estado não era o ganho financeiro, mas sim a universalização do acesso ao saneamento até 2029.
Durante o evento, o governador rebateu críticas de partidos de esquerda em relação ao preço de venda das ações, destacando que a transação foi vantajosa para o Estado. A secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do governo paulista, Natália Resende, também reforçou esse ponto ao ressaltar que o alcance financeiro foi além do esperado.
Tarcísio salientou que a Equatorial, empresa que adquiriu 15% da Sabesp, terá que realizar investimentos substanciais para assegurar a universalização do saneamento em São Paulo até 2029 e não poderá vender as ações antes de dezembro daquele ano. Ele argumentou que o desconto no preço das ações era esperado, considerando os compromissos de investimento da empresa.
Além disso, o governador mencionou que o preço das ações da Sabesp tem potencial para atingir R$ 120, e que a empresa terá um crescimento significativo em sua base de ativos. A transição do controle da empresa para o setor privado ocorrerá após a aprovação da entrada da Equatorial pelo Cade, com a expectativa de uma transição tranquila.
A Sabesp também comunicou a redução de suas tarifas após a venda para a iniciativa privada, com cortes de 1% na tarifa residencial, 10% na tarifa social e vulnerável, e 0,5% em outras tarifas. Essas informações foram baseadas em notícias do jornal O Estado de S. Paulo.