A Polícia Federal conduziu uma investigação em relação ao caso conhecido como “máfia das creches” em São Paulo. Durante as investigações, uma suspeita identificada como Rosângela Crepaldi fez alegações de que o atual prefeito, Ricardo Nunes, teria recebido repasses de verbas desviadas de unidades de ensino infantil da cidade quando era vereador. O depoimento de Rosângela foi registrado em vídeo e posteriormente obtido pela Folha de S.Paulo. O prefeito negou as acusações e sua defesa afirmou que as declarações serão analisadas para eventuais medidas legais.
Segundo as investigações, Organizações Não Governamentais (ONGs) responsáveis pela gestão de creches municipais teriam recebido uma parte do dinheiro desviado através de empresas, incluindo uma empresa vinculada a Nunes. A apuração revelou transações suspeitas envolvendo repasses para Nunes e para uma empresa pertencente à sua família, supostamente relacionadas aos desvios de verbas.
A defesa de Rosângela argumentou que o vídeo foi produzido por motivos de segurança e não deveria ter sido divulgado ao público. Ela detalhou as ações de pessoas ligadas a Nunes e mencionou a Associação de Assistência à Criança e ao Adolescente (Acria), entidade responsável pela administração de creches conveniadas da prefeitura na zona sul de São Paulo.
A assessoria de Nunes alegou que não há acusações formais contra ele nas investigações da Polícia Federal e que os repasses mencionados foram referentes a serviços prestados pela empresa de sua família. Outros indivíduos envolvidos também negaram qualquer participação nos supostos desvios. A investigação continua em andamento.