Foi anunciado pelo Ministério da Saúde que em breve será publicada uma portaria tornando obrigatória a notificação de casos de infecção por hepatite B em gestantes e crianças expostas à doença. Essa medida incluirá tais eventos na Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública, exigindo que os profissionais de saúde reportem os casos ao governo federal.
De acordo com o Ministério da Saúde, a notificação de hepatite B em gestantes será feita uma única vez, no momento do diagnóstico durante a gravidez. Em 2023, foram registrados 732 casos de hepatite B em gestantes no Brasil.
Quanto à transmissão vertical da hepatite B, que ocorre da mãe para o bebê durante a gestação ou parto, houve uma redução na detecção em crianças menores de 5 anos nos últimos anos, com 65 casos identificados em 2023 no Brasil.
Além disso, a hepatite B foi adicionada à certificação de eliminação da transmissão vertical de infecções e doenças no Brasil, juntando-se ao HIV, sífilis e doença de Chagas. Os municípios e estados tiveram a oportunidade de solicitar a certificação, com visitas previstas aos municípios solicitantes até agosto deste ano.
A vacinação é a principal forma de prevenção contra a hepatite B, que é uma das cinco variantes da doença no Brasil. A vacina é recomendada para todas as pessoas não imunizadas, independentemente da idade.
Para gestantes, a investigação da hepatite B deve começar no primeiro trimestre da gestação. Já para crianças expostas à doença durante a gestação, a vacina e imunoglobulina devem ser administradas idealmente nas primeiras 24 horas após o parto para evitar a transmissão perinatal da hepatite B.