De acordo com informações divulgadas pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), cerca de 84% dos brasileiros que passam por uma unidade de terapia intensiva (UTI) recebem alta, conforme dados do Projeto UTIs Brasileiras, que acompanha mais da metade das admissões de adultos em UTIs no país.
No entanto, o estudo identificou disparidades preocupantes. A Região Nordeste apresentou a maior taxa de mortalidade hospitalar, com 24,5%, seguida pelo Sudeste, com 23,2%, enquanto o Sul registrou a menor taxa, com 14,7%. Além disso, os hospitais públicos apresentaram taxas de mortalidade mais altas, atingindo 27%, em comparação com os hospitais privados, que registraram 11%.
A sepse continua sendo a principal razão para internações não cirúrgicas em UTIs no Brasil, representando quase um terço dos casos. Cirurgias ortopédicas são a principal causa de internação, tanto em procedimentos eletivos quanto em casos de urgência.
O perfil dos pacientes admitidos em UTIs revela uma distribuição equilibrada entre homens e mulheres, com a idade média dos pacientes sendo de 63 anos. Hipertensão arterial e diabetes são comorbidades comuns entre esses pacientes.
Diante desse cenário, a Amib lançou a campanha “Orgulho de Ser Intensivista” para destacar a importância dos médicos intensivistas na recuperação de pacientes críticos e sensibilizar a sociedade e os gestores de saúde sobre o papel desafiador desempenhado nas UTIs. A presença de profissionais intensivistas qualificados é apontada como crucial para a redução das taxas de mortalidade, enfatizando a necessidade de investimentos na formação e valorização desses profissionais.