Candidato da oposição se declara presidente eleito na Venezuela
O candidato da coalizão opositora na Venezuela, Edmundo González, divulgou uma carta na qual se proclama presidente eleito, apesar da proclamação de Nicolás Maduro pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). González e seus aliados afirmam ter vencido nas urnas e possuem mais de 80% das atas do processo eleitoral para embasar sua reivindicação.
Eles alegam que não pretendem estabelecer um governo paralelo, mas sim iniciar uma transição de poder, pedindo às Forças Armadas do país para não serem cúmplices do chavismo. O Ministério Público venezuelano abriu uma investigação contra González e María Corina, acusando-os de crimes como difusão de informações falsas e conspiração.
Embora alguns países, como os Estados Unidos, reconheçam González como vencedor, outros pedem a divulgação dos dados eleitorais para uma verificação cidadã. A oposição insiste que os resultados oficiais são fraudulentos e que as condições devem ser criadas para que González assuma o cargo em janeiro.
A carta da dupla opositora destaca a vitória eleitoral e faz um apelo às forças militares e policiais para se juntarem ao povo e respeitarem os resultados das eleições. Também oferece garantias aos que cumprirem seu dever constitucional, assegurando que não haverá impunidade. A situação na Venezuela permanece tensa, com relatos de repressão e prisões de cidadãos ligados aos protestos pós-eleição.