O Ministério Público da Venezuela iniciou uma investigação penal contra o ex-candidato à presidência, Edmundo González, e a líder da oposição, María Corina Machado, por possíveis crimes como “instigação à insurreição” e “conspiração”. A investigação foi motivada por um comunicado emitido por eles, que teria incentivado policiais e militares a desobedecerem as leis.
Segundo o MP venezuelano, o comunicado dos opositores pode configurar crimes como usurpação de funções, disseminação de informações falsas para causar agitação, instigação à desobediência das leis, instigação à insurreição, associação para delinquir e conspiração. Além disso, eles são acusados de anunciar falsamente um vencedor das eleições presidenciais, em oposição ao órgão eleitoral oficial.
Corina Machado e Edmundo González alegam ter vencido a eleição e acusam o governo de reprimir a oposição, solicitando apoio dos policiais e militares. A oposição afirma ter publicado mais de 80% das atas eleitorais que comprovariam a vitória de González, enquanto o governo os acusa de falsificar as atas.
Os protestos no país resultaram em 11 mortes, de acordo com uma ONG local, além de centenas de prisões e feridos. A situação política na Venezuela está tensa, com disputas sobre os resultados eleitorais e alegações de interferência. O Tribunal Supremo de Justiça e o Conselho Nacional Eleitoral estão investigando a controvérsia.