Terça-feira, Novembro 26, 2024
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Governo projeta diminuir 11% dos benefícios em atualização do BPC

Governo de Lula pretende cortar mais de meio milhão de benefícios do BPC em 2025

Segundo informações obtidas pela Folha de S.Paulo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, planeja cancelar cerca de 670,4 mil benefícios do Benefício de Prestação Continuada (BPC) em 2025. Essa medida resultaria em uma economia de R$ 6,6 bilhões em despesas para o governo.

A projeção considera uma taxa de cessação de 11,25%, o que significa que aproximadamente 11 beneficiários teriam seus repasses encerrados a cada grupo de 100. Mesmo com esses cortes, estima-se que as despesas com o benefício atingirão R$ 112,8 bilhões no próximo ano, chegando a R$ 140,8 bilhões em 2028, impulsionadas pelo aumento do salário mínimo e do número de beneficiários ao longo dos anos, apesar dos esforços de revisão.

Os cálculos foram elaborados pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social e serão incluídos na proposta de Orçamento de 2025. Essa revisão no BPC faz parte das medidas para atingir o corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e aprovado por Lula para equilibrar as contas de 2025.

Uma das estratégias principais do governo para reduzir gastos é a revisão dos beneficiários do BPC. Estima-se que haverá cortes graduais, com um cancelamento médio mensal de 55,9 mil benefícios ao longo do ano, resultando em uma economia acumulada de R$ 6,6 bilhões. Prevê-se que o cancelamento afetará 371,8 mil benefícios para pessoas com deficiência e 298,6 mil para idosos de baixa renda.

Além disso, o governo planeja realizar uma revisão bienal dos benefícios do BPC, com a expectativa de cancelar 212 mil benefícios em definitivo, gerando uma economia de R$ 2,1 bilhões. As projeções indicam que a revisão resultará em uma redução no número de beneficiários, passando de 6,3 milhões em 2024 para 5,91 milhões em 2025 e aumentando novamente nos anos seguintes.

A equipe econômica acredita que o pente-fino pode gerar uma economia ainda maior do que o previsto de R$ 6,6 bilhões. Essas medidas têm como objetivo controlar os gastos do BPC, que é um dos programas que mais preocupam o governo devido ao aumento significativo de beneficiários nos últimos anos.

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