De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, a inflação durante o período do Dia dos Pais deste ano foi a menor dos últimos três anos. Em média, houve um aumento de 1,96% em uma cesta com 13 produtos e serviços, em contraste com a alta de 4,10% registrada pelo IPC-S para o mesmo período.
Entre os itens analisados, cinema, livros e restaurantes foram os que mais aumentaram, com altas de 5,31%, 4,84% e 3,97%, respectivamente. Por outro lado, celulares, computadores e instrumentos musicais apresentaram quedas de 4,16%, 2,66% e 0,72%, respectivamente.
O economista responsável pelo levantamento destacou que a redução nos preços dos celulares pode ser explicada pela menor demanda, já que os consumidores têm utilizado seus smartphones por um período mais longo. Além disso, a crescente adoção do trabalho remoto durante a pandemia aumentou a procura por computadores, o que impactou os preços, mas essa tendência está diminuindo com a transição para o modelo de trabalho híbrido.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo prevê que o Dia dos Pais movimentará R$ 7,7 bilhões em 2024, representando um aumento de 4,7% em relação ao ano anterior, descontando a inflação. O setor de vestuário é esperado para liderar as vendas, seguido por produtos de perfumaria, cosméticos, utilidades domésticas e eletrônicos.
Estima-se a criação de 10,4 mil vagas temporárias para atender à demanda da data, o maior número dos últimos dez anos. A expectativa positiva para as vendas deste ano é atribuída ao bom momento do mercado de trabalho, que tem impactado positivamente tanto o emprego quanto a renda dos consumidores.