A região da Alta Mogiana, conhecida por abranger Franca e ser um dos principais centros de produção de café do Brasil, enfrenta uma séria estiagem. Com mais de 120 dias sem chuva, os cafeicultores locais estão lidando com uma das piores secas dos últimos anos, o que está prejudicando significativamente a produção nas lavouras.
O problema teve início no final do ano passado, quando as chuvas abaixo da média resultaram em uma maturação inadequada dos frutos, levando a uma produção de grãos menores. Isso tem impactado negativamente a produtividade da safra de 2024 e contribuído para o aumento dos preços do café, devido à escassez na oferta.
A situação se agravou em março, com a intensificação da escassez de chuvas, colocando a região em estado de alerta. De acordo com o engenheiro agrônomo Lucas Ubiali, o aumento dos preços não reflete a realidade das lavouras afetadas pela falta de água.
Além dos desafios climáticos, os produtores de café estão buscando soluções para garantir a continuidade de suas produções diante dos prejuízos esperados. Eles destacam a urgência de medidas emergenciais e políticas de apoio do governo para enfrentar essa crise hídrica sem precedentes.
Diante desse cenário, muitos produtores têm investido em sistemas de irrigação como medida de emergência. No entanto, essa solução enfrenta obstáculos, como a disponibilidade de recursos hídricos e a necessidade de aprovação ambiental para a captação de água de fontes naturais.
Fonte: GCN