Os preços futuros do milho encerraram a sexta-feira com variações próximas da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3), oscilando entre R$ 60,23 e R$ 68,20. Ao longo da semana, houve desvalorizações. No mercado físico, houve variações de preços em diferentes regiões do Brasil.
Segundo o Consultor de Grãos e Projetos na Agrifatto, Stefan Podsclan, a safra de milho 2023/24 no Brasil começou com incertezas, porém deve se consolidar como a segunda maior safrinha da história, com expectativa de produção próxima de 95 milhões de toneladas. A demanda deve aumentar no segundo semestre de 2024, tanto no mercado internacional com exportações, quanto no mercado nacional com rações e etanol, o que pode oferecer suporte aos preços, apesar da pressão das ofertas confortáveis.
No mercado externo, os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sexta-feira com movimentações negativas e também tiveram perdas semanais. A safra de milho nos Estados Unidos está em bom desenvolvimento, somada aos estoques elevados, mantendo a pressão nas cotações na CBOT.
Durante a semana, o mercado brasileiro de milho teve preços sustentados, com negociações limitadas devido à pouca oferta dos produtores. Os compradores permaneceram cautelosos, aguardando possíveis quedas nos preços para retomar as aquisições. A consultoria SAFRAS & Mercado destacou que a paridade de exportação indicou preços para o porto de Santos de R$ 64,00 por saca em setembro.
Em resumo, o mercado de milho apresentou estabilidade na B3, com oscilações no mercado físico brasileiro e movimentações negativas na CBOT, influenciadas pela safra nos EUA e pelos estoques elevados. A expectativa é de possível suporte aos preços no Brasil no segundo semestre, porém a oferta confortável pode continuar pressionando as cotações.