A crise eleitoral mais recente na Venezuela tem aumentado a preocupação entre os países latino-americanos com o aumento da migração vinda da ditadura. No Chile, a questão está intimamente ligada à violência pública, com a atuação da gangue venezuelana Tren de Aragua sendo apontada como um fator-chave no aumento da sensação de insegurança. O país sofre com um crescimento da criminalidade, com dados indicando um aumento de crimes violentos, como homicídios e feminicídios, além de roubos com intimidação.
Apesar de os índices de homicídios no Chile serem menores em comparação com o Brasil, o país tem enfrentado novos tipos de crimes, como assassinatos por encomenda e tráfico de migrantes, atribuídos a facções criminosas como a Tren de Aragua. A presença desses grupos tem gerado preocupações de segurança, especialmente devido a casos de assaltos violentos e crimes organizados que antes não eram comuns.
A migração venezuelana para o Chile tem crescido nos últimos anos, com cerca de 23% dos imigrantes sendo venezuelanos. Isso tem gerado também um aumento nos casos de xenofobia. A população chilena expressa preocupações com a violência nas ruas, relatando casos de assaltos e crimes violentos, o que tem levado a debates sobre medidas de segurança e controle migratório.
O governo chileno está discutindo propostas para lidar com a questão, incluindo novas regras para o uso da força policial e a possível criação de um Ministério da Segurança separado do Ministério do Interior. Autoridades chilenas reconhecem a necessidade de se preparar para uma possível chegada de mais venezuelanos, mas também destacam a importância de resolver a situação na Venezuela para reduzir os problemas de segurança na região.