O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está próximo de aprovar a licitação de dois novos blocos de petróleo na bacia de Santos (SP), chamados de Rubi e Granada. Os dois ativos serão licitados sob o regime de partilha, em que a produção é dividida entre União e empresas. A decisão está prevista para ser tomada em reunião do CNPE (Conselho Nacional de Pesquisa Energética) no dia 15 deste mês.
Segundo informações da ANP (Agência Nacional do Petróleo), a área total dos blocos é de aproximadamente 1.200 km², com um potencial petrolífero estimado em 2,1 bilhões de barris de óleo equivalente. Além disso, o CNPE também deve aprovar a participação da Petrobras no bloco de Jaspe, localizado na bacia de Campos (RJ), que também será ofertado sob o regime de partilha de produção.
Essas aprovações acontecem em um contexto onde o governo Lula tem enfatizado a importância do petróleo, apesar da crescente busca global por alternativas aos combustíveis fósseis. Tanto o governo quanto a Petrobras defendem a exploração petrolífera como crucial para o país, inclusive durante a transição energética, embora não tenham um plano formal para essa mudança.
Autoridades ressaltam a necessidade de uma exploração responsável, destacando que a atividade no pré-sal brasileiro gera menos gases de efeito estufa do que em outras áreas de produção de petróleo. A Petrobras enfatiza que alguns campos do pré-sal têm emissões menores do que a média global da indústria petrolífera.
Além das decisões sobre os blocos de petróleo, o CNPE também deve aprovar medidas para promover a descarbonização no setor de óleo e gás, e autorizar a definição de diretrizes para o mercado nacional de combustíveis de aviação.