O ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que, se o Tribunal de Contas da União decidir que ele tem direito a ficar com as joias recebidas do regime saudita, ele irá doar um dos conjuntos para a Santa Casa de Juiz de Fora, em Minas Gerais, onde foi atendido após sofrer uma facada durante a campanha eleitoral de 2018.
Em uma entrevista à CNN Brasil, Bolsonaro afirmou que, se os presentes forem considerados legítimos, ele leiloará um dos conjuntos para arrecadar fundos para a doação. A decisão do TCU em relação ao caso de Bolsonaro é aguardada e foi comparada ao caso do ex-presidente Lula, que foi autorizado a manter um relógio Cartier recebido como presente.
O TCU determinou que Lula não precisa devolver o relógio, estabelecendo um precedente que poderia favorecer Bolsonaro. Este último foi indiciado pela Polícia Federal por supostamente participar de um esquema de venda ilegal de joias recebidas em viagens oficiais durante seu mandato presidencial de 2019 a 2022.
Caso seja condenado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, Bolsonaro poderia enfrentar uma pena de 10 a 30 anos de prisão. A investigação da PF descobriu um esquema ilegal de venda das joias no exterior, revelando a situação das joias recebidas por Bolsonaro durante seu governo.