O Ministério Público Federal (MPF) e a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro estão preocupados com a suspensão das aulas em escolas públicas devido às frequentes operações policiais em comunidades com presença de criminosos armados na cidade. O MPF enviou um ofício ao Ministério da Educação (MEC) solicitando diretrizes nacionais para lidar com o impacto dessas operações no sistema educacional e formas de reparação para os alunos afetados.
O procurador Julio José Araujo Junior ressaltou a importância de estabelecer regras para a reposição de aulas e compensação dos dias letivos perdidos, destacando que a educação muitas vezes é negligenciada diante das operações policiais, prejudicando gravemente os alunos. Escolas em diferentes municípios do Rio de Janeiro são impactadas por essas ações, com suspensão de aulas por períodos prolongados, como no caso das escolas do Complexo da Maré.
O sindicato de profissionais da educação alerta que a violência armada próxima às escolas não só afeta o aprendizado dos alunos, mas também a saúde mental dos professores, desestimulando a formação de novos educadores. O MPF aguarda a resposta do MEC para avançar nas medidas de recomposição das aulas perdidas e destaca a importância de utilizar o serviço de inteligência da polícia para evitar operações próximas a escolas, além de garantir tratamento igualitário para todas as áreas da cidade.
Até o momento, as autoridades policiais e a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro não se pronunciaram sobre o assunto em resposta aos pedidos de comentários feitos pela Agência Brasil, assim como o Ministério da Educação.