María Corina Machado, líder da coalizão opositora na Venezuela, afirmou em entrevista que realizar uma nova eleição ou estabelecer um modelo de compartilhamento de poder com o chavismo não é uma opção viável diante da crise no país. De acordo com ela, propor novas eleições seria desrespeitoso com os venezuelanos, enfatizando que as eleições anteriores foram realizadas sob regras de uma tirania.
Ela também descartou a ideia de formar uma coalizão, destacando a importância de uma transição democrática de poder. María Corina ressaltou a necessidade de manter a pressão e a resistência interna para alcançar uma transição ordenada no governo. Ela solicitou negociações para que seu substituto, Edmundo González, assuma a presidência, sem aceitar um modelo de compartilhamento de poder que mantenha Maduro no cargo.
Além disso, María Corina convocou manifestações opositoras em diversas cidades do mundo e na Venezuela, apesar do receio de repressão por parte do regime de Maduro. A líder opositora criticou propostas de novas eleições ou coalizões feitas por líderes como o ex-presidente Lula e o presidente colombiano, Gustavo Petro, ressaltando que tais sugestões não são bem recebidas pela oposição ou pelo chavismo.
Diosdado Cabello, o número dois do regime venezuelano, chamou de “estupidez” a ideia de realizar novas eleições sugerida pelo assessor de Lula, Celso Amorim. A posição de María Corina Machado e sua rejeição a modelos de compartilhamento de poder evidenciam a complexidade da situação política atual na Venezuela.