Aliados de Lula percebem candidato competitivo e desafio maior para Nunes e direita após pesquisa
Os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e membros do governo estão atentos à rápida ascensão nas pesquisas do candidato Pablo Marçal, que concorre à Prefeitura de São Paulo. Segundo eles, os dados do Datafolha indicam que Marçal se tornou um concorrente competitivo, o que representa um desafio maior para o atual prefeito Ricardo Nunes, que busca a reeleição, e pode indicar possíveis divisões na direita.
Lula está apoiando a candidatura de Guilherme Boulos, tendo Marta Suplicy como vice. Há uma preocupação entre os aliados do presidente de que o fortalecimento de Marçal possa gerar divisões no campo da direita, levando Nunes a realizar movimentos em direção a essa vertente para garantir sua permanência na corrida eleitoral.
Uma pesquisa recente do Datafolha mostrou que Marçal subiu sete pontos em duas semanas, ficando empatado na liderança com Boulos. Marçal ultrapassou Nunes e o apresentador José Luiz Datena, consolidando sua posição na disputa eleitoral. Esse crescimento repentino é atribuído à campanha agressiva nas redes sociais e às polêmicas envolvendo o influenciador.
Apesar da surpresa com a ascensão de Marçal, alguns integrantes do governo minimizam o impacto inicial, lembrando que ainda é o início da corrida eleitoral. Em comparação com casos anteriores, como o de Celso Russomano, há a perspectiva de que Marçal possa perder fôlego ao longo da campanha.
Os movimentos do clã Bolsonaro também refletem as incertezas do cenário político, com críticas direcionadas a Marçal. Flávio Bolsonaro destacou a importância de seguir a estratégia nacional do bolsonarismo e de manter o apoio a Nunes, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Apesar das tensões políticas evidentes, aliados de Lula ressaltam que o apoio de padrinhos políticos não garante uma eleição, citando o fraco desempenho do candidato petista nas eleições de 2020. A disputa na capital paulista é vista como um reflexo do cenário nacional, com impactos que podem se estender até as eleições de 2026.