No último fim de semana, ocorreram incêndios que se alastraram por diversas regiões do interior de São Paulo, resultando na cobertura do céu de várias cidades, incluindo Ribeirão Preto, por fumaça. Esta situação se soma aos problemas de poluição do ar que o Brasil já vinha enfrentando, colocando o país em quinto lugar no ranking dos mais poluídos do mundo, devido aos incêndios na Amazônia e no Pantanal.
A inalação da fumaça e da fuligem provenientes desses incêndios representa riscos não apenas para o sistema respiratório, mas também para a circulação sanguínea e a saúde do coração, alertam os especialistas. Ricardo Martins, membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e professor na Universidade de Brasília (UNB), explica que a combinação de gases poluentes na atmosfera com as partículas liberadas pela fumaça intensifica o impacto, principalmente em áreas urbanas.
Indivíduos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com condições de saúde preexistentes, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica e doenças cardiovasculares, estão mais suscetíveis aos efeitos danosos das queimadas. Mesmo quem está distante dos focos de incêndio pode ser afetado, uma vez que a fumaça pode se deslocar por longas distâncias e prejudicar a saúde populacional.
Os impactos da inalação da fumaça das queimadas podem desencadear crises de asma, agravar doenças respiratórias crônicas e afetar os sistemas cardiovascular e digestivo. Além disso, a exposição prolongada está associada a riscos futuros, como o desenvolvimento de câncer.
É crucial estar atento aos sintomas, como falta de ar, tosse e chiado no peito, que indicam a necessidade de procurar ajuda médica. Enquanto persistirem os incêndios, é recomendável adotar medidas de precaução, como evitar sair de casa durante os períodos críticos, manter as janelas fechadas, umidificar o ar e manter-se bem hidratado.
Os impactos das queimadas na saúde são sérios e requerem atenção e cuidados constantes por parte da população.