Homem preso por incêndio em canaviais em SP afirma ser membro de facção criminosa
Um dos seis homens detidos por suspeita de incendiar canaviais e matas no Estado de São Paulo admitiu ser parte de uma facção criminosa, como informado pela Secretaria de Segurança Pública. O indivíduo, de 42 anos, foi capturado em Batatais no último domingo.
Até o momento, a investigação não encontrou vínculos entre os incêndios e os suspeitos detidos. Os incêndios que causaram danos significativos aos produtores locais de cana-de-açúcar na última semana destruíram milhares de hectares de plantações em São Paulo.
O secretário de Agricultura do estado, Guilherme Piai, sugeriu que os suspeitos podem ter agido em represália às ações do governo contra o crime, especialmente relacionadas à venda de combustíveis adulterados. Embora alguns detidos tenham afirmado ter conexão com a facção criminosa PCC, a Secretaria de Segurança Pública não mencionou esse detalhe em seu comunicado.
A Polícia Federal está colaborando com as autoridades estaduais nas investigações. Os prejuízos causados pelos incêndios foram estimados em 350 milhões de reais, levando o governo paulista a planejar a liberação de créditos para auxiliar os produtores afetados.
O Ministério Público de São Paulo está acompanhando o caso e, até o momento, não há evidências conclusivas de que os incêndios foram uma ação orquestrada pelo crime, embora essa possibilidade não seja descartada. A gravidade dos incêndios e seus impactos levaram as autoridades a considerar a situação como excepcional.