Durante um protesto em Buenos Aires, a polícia argentina entrou em confronto com manifestantes que incluíam aposentados e setores da esquerda. O motivo do protesto era a possível veto de Javier Milei ao projeto de ampliação do reajuste das aposentadorias e alteração no cálculo dos benefícios.
O projeto, aprovado no Senado de maioria opositora, propõe um reajuste adicional de 8,1% nas aposentadorias, somado à recomposição de 12% anunciada anteriormente pelo governo. O objetivo é equiparar os benefícios à inflação de janeiro, que atingiu 20,6%.
A manifestação contou com a participação de mais de 35 organizações de aposentados, sindicatos e partidos, como a Frente de Esquerda-Unidade e União pela Pátria. Durante o confronto, a polícia utilizou gás de pimenta e houve troca de socos com os manifestantes.
O governo argentino já havia alterado a fórmula de reajuste das aposentadorias para acompanharem a inflação mensal. Agora, o Senado aprovou a definição de um piso equivalente a pelo menos 1,09 vezes o valor da cesta básica e a consideração dos salários formais médios da população para calcular os benefícios.
Apesar da aprovação no Senado, Javier Milei reiterou sua intenção de vetar o projeto, alegando que impactaria negativamente no equilíbrio fiscal do país. Seu porta-voz destacou que qualquer medida que vá contra a estabilidade fiscal e das contas públicas será vetada.