No âmbito da Expointer 2024, realizada em Esteio (RS), ocorreu uma reunião entre o Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) e a Embrapa nesta quinta-feira. Durante o encontro, foram abordados temas como os avanços e desafios na última safra da noz-pecã, a continuidade do projeto Pecan 2030 e a implementação de boas práticas agrícolas. O objetivo dessas iniciativas é aprimorar a oferta no mercado interno e ampliar os negócios internacionais, com destaque para a China, principal compradora global da noz com casca. Recentemente, foi firmado um protocolo entre os governos brasileiro e chinês para a exportação do produto.
Daniel Basso, membro da diretoria do IBPecan, ressaltou a relevância do encontro para assegurar o financiamento do projeto, buscando recursos tanto do instituto quanto por meio de emendas parlamentares. Ele destacou a conquista de uma emenda de R$ 50 mil em 2023, que foi empenhada este ano, e a busca por novas parcerias durante a Expointer para renovar ou ampliar os investimentos.
O foco no Projeto Pecan 2030, em colaboração com a Embrapa, visa facilitar a exportação da noz-pecã para a China, sendo fundamental a vinda de uma comitiva chinesa para inspeção e a criação de um protocolo fitossanitário. Carlos Roberto Martins, pesquisador da Embrapa responsável pelo projeto, destacou a importância da elaboração de um manual de manejo da cultura, visando não apenas facilitar as exportações, mas também contribuir para a certificação e rastreabilidade nacional.
Os danos causados por eventos climáticos nos pomares gaúchos impactaram significativamente a safra. Nesse contexto, o Projeto Pecan 2030 se mostra essencial para monitorar a produtividade, identificar pragas e doenças e garantir a qualidade da produção. Os pesquisadores da Embrapa estão acompanhando 11 áreas produtoras em parceria com os associados do IBPecan para realizar estudos e coletar dados sobre a nogueira. A safra 2024/2025 será a terceira a ser monitorada nessas unidades de referência.