Na noite de quinta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou a plataforma X (antigo Twitter) para compartilhar seus perfis em outras redes sociais, devido à possibilidade de suspensão das atividades do X. A decisão de interromper as atividades da plataforma foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que exigiu que Elon Musk, proprietário da empresa, indique um novo representante legal no Brasil.
Lula divulgou seus perfis em redes como Bluesky, Instagram, Facebook, TikTok, Threads e um canal de notícias no WhatsApp através do X. O STF enviou uma intimação a Elon Musk pela própria rede social, exigindo que ele cumpra a determinação de indicar o novo representante da plataforma no Brasil. Caso Musk não cumpra a ordem até as 20 horas, Moraes ameaça acionar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para interromper as atividades do X no território nacional.
A Anatel, por sua vez, deverá informar as empresas de internet sobre a decisão do STF, que determina o bloqueio do acesso dos clientes ao X. Mesmo a Starlink, empresa de Musk que fornece serviços de internet via satélite, poderá ser penalizada se não bloquear o acesso ao X. Especialistas apontam que a intimação de Moraes a Musk pode ser questionável, mas ainda assim o STF pode suspender as operações da rede social.
Essa disputa não é a primeira entre Musk e Moraes, que desde abril têm trocado críticas públicas nas redes sociais, especialmente relacionadas a investigações sobre a disseminação de notícias falsas pelo X. Musk acusa o magistrado de violar a liberdade de expressão e o compara a um ditador.