As taxas dos DIs apresentaram ganhos consistentes nesta quinta-feira, com investidores aumentando suas expectativas de que o Banco Central poderá elevar a Selic em 50 pontos-base em setembro. Influenciadas pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries no mercado internacional e preocupações fiscais, as taxas futuras subiram, refletindo o panorama econômico. No cenário doméstico, a alta do dólar em relação ao real e questões fiscais também exerceram impacto sobre as taxas.
Notícias sobre a possibilidade de flexibilização das regras de despesa com pessoal nos governos e a proposta de repasse direto de recursos do pré-sal para o programa Auxílio Gás também contribuíram para a movimentação do mercado. A expectativa em torno da apresentação do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 também foi um fator relevante.
No contexto internacional, os rendimentos dos Treasuries mantiveram-se em ascensão, impulsionados por novos indicadores econômicos dos EUA. Isso levou os investidores a reduzirem suas expectativas de cortes de juros nos EUA, o que também teve impacto nas taxas dos DIs no Brasil.
A curva a termo iniciou o dia em alta em todos os pontos, com os investidores aumentando as apostas de alta da Selic em 50 pontos-base em setembro. No entanto, alguns analistas apontam que a precificação da elevação da Selic está mais baseada em narrativas do que em dados concretos. Ao final do pregão, a curva indicava 54% de probabilidade de elevação de 25 pontos-base da Selic em setembro e 46% de chance de aumento de 50 pontos-base.