Domingo, Novembro 24, 2024
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MEC concorda em revogar portaria se greve dos professores de universidades federais for encerrada

Ministério da Educação concorda em revogar portaria de aumento da carga horária dos docentes em troca do fim da greve

O Ministério da Educação concordou em revogar a Portaria 983, de novembro de 2020, que amplia a carga horária mínima semanal dos professores das universidades e institutos federais, desde que os docentes encerrem a greve que já dura 72 dias. O compromisso foi visto como uma conquista significativa pelos representantes dos trabalhadores, que buscam avançar nas negociações e encerrar a paralisação da categoria.

A revogação da norma, que afeta as atividades dos professores do ensino básico, técnico e tecnológico, é uma das principais reivindicações dos docentes e técnicos da rede federal de educação. Além disso, eles estão solicitando um reajuste salarial de 4,5% neste ano e a recomposição orçamentária das instituições de ensino.

Durante uma reunião em Brasília com representantes dos trabalhadores e dos ministérios da Educação e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, foi discutida a possível revogação da portaria, com foco em itens da pauta de reivindicações que não terão impacto orçamentário para o governo. Os sindicatos indicaram que, se as negociações avançarem de forma satisfatória, a anulação da Portaria 983 será incluída em um acordo para encerrar a greve que envolve profissionais de diversas instituições federais.

A coordenadora-geral do Sinasefe, Artemis Martins, ressaltou a importância da revogação da portaria, destacando que vai além do aumento da carga horária, afetando a liberdade dos docentes em suas atividades de pesquisa e produção de conhecimento. O Ministério da Educação confirmou que foram discutidas questões sem impacto orçamentário e que salários e progressões nas carreiras serão debatidos em futuros encontros.

O governo já firmou um acordo para reajustar os salários dos docentes, com o presidente Lula da Silva anunciando investimentos expressivos no setor educacional, incluindo recursos para obras de infraestrutura no ensino superior e a construção de novos campi universitários e hospitais.

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