Lula apoia indicação de possível novo presidente do Banco Central e afirma que aumento na Selic não é problema
Nesta sexta-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que não vê problemas caso Gabriel Galípolo, indicado por ele para presidir o Banco Central, considere a necessidade de aumento na taxa básica de juros, a Selic. Lula enfatizou que o presidente do BC não precisa ser ligado ao sistema financeiro, mas sim comprometido com o país e suas decisões.
A indicação de Galípolo ainda aguarda votação no Senado Federal. Caso seja aprovado, ele sucederá Roberto Campos Neto, cujo mandato encerra em dezembro. Lula elogiou a competência de Galípolo e garantiu que ele terá autonomia para focar não apenas nos juros, mas também nas metas de crescimento.
Além disso, Lula criticou a atuação de Campos Neto, alegando que ele age mais como político do que como economista. O ex-presidente também se posicionou contra a lei que concede autonomia com mandato de quatro anos ao presidente do Banco Central, argumentando que o presidente da República deveria ter o direito de indicar e destituir o ocupante do cargo.
A autonomia do BC foi aprovada pelo Senado em 2020 e pela Câmara em 2021. Lula esteve presente em eventos na Paraíba nesta sexta-feira, participando da inauguração de obras hídricas e anunciando investimentos do governo federal no estado.