Durante a Operação Concierge, a Polícia Federal descobriu que um possível laranja da fintech T10 Bank teria recebido auxílio emergencial em 2020, período crítico da pandemia de covid-19. De acordo com o relatório da investigação encaminhado à Justiça Federal de Campinas, Antonio Tadeu Lerach, ex-sócio da empresa, teria sido beneficiário do programa social do governo federal, mesmo estando ligado a atividades suspeitas como lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio relacionados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Apesar de ter sido sócio de diversas empresas e ter investido inicialmente R$ 1 milhão na T10 Bank, Lerach foi removido do quadro societário em 2021, sendo substituído por outros membros. A investigação levanta indícios de que ele atuava como “laranja” e “testa de ferro” da organização criminosa, possivelmente envolvido em operações com empresas de fachada.
A Operação Concierge visa pessoas físicas e jurídicas que utilizam contas invisíveis para dificultar rastreamento e facilitar a lavagem de dinheiro. O PCC e a I9Pay também estão sob investigação, com as empresas operando em instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central. Enquanto a T10 Bank não se manifestou sobre o assunto, a I9Pay negou as acusações. Os bancos envolvidos garantem colaborar com as investigações.
O Inove Global Group, mencionado na investigação, nega qualquer vínculo com os eventos citados e se dispõe a colaborar com as autoridades. Tanto o Banco BS2 quanto o Banco Rendimento afirmam cooperar com as autoridades e cumprir todas as regulamentações em vigor.