O PT no Senado apresentou uma proposta para evitar que o projeto que modificaria a Lei da Ficha Limpa pudesse favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro. A votação, inicialmente marcada para terça-feira, foi adiada devido à falta de acordo. A proposta original levantou preocupações de que Bolsonaro poderia se beneficiar da alteração, já que não foi diplomado após perder a eleição.
Para resolver essa questão, o senador Randolfe Rodrigues, do PT, propôs uma emenda que ampliaria as situações que tornariam um candidato inelegível, incluindo abuso de poder econômico ou político e decisões judiciais definitivas. A proposta recebeu críticas de movimentos da sociedade civil, que a consideraram um retrocesso.
Durante a discussão do projeto, os petistas evitaram mencionar o nome de Bolsonaro, o que gerou deboches por parte da oposição. O projeto de lei, se aprovado, também alteraria o início da contagem do prazo de inelegibilidade, beneficiando candidatos previamente condenados. A votação ainda está pendente, aguardando consenso no Senado.