O mercado de arroz no Brasil enfrenta pressão altista em setembro
O mercado brasileiro de arroz iniciou o mês de setembro com preços em alta e pressão altista, de acordo com o analista da Safras & Mercado, Evandro Oliveira. Os produtores, que estão capitalizados, estão elevando os preços do arroz em casca, mas há uma discrepância no setor, pois os preços do arroz em casca estão reagindo mais lentamente em comparação com os preços do produto beneficiado.
Desafios persistentes no consumo e incertezas climáticas devido ao fenômeno La Niña mantêm o setor em um estado de “expectativa cautelosa”. O varejo busca estimular o consumo por meio de promoções, porém os consumidores continuam sensíveis aos preços. A indústria enfrenta dificuldades para repassar os aumentos de preços ao varejo, o que pode limitar ainda mais o consumo.
Além disso, a incerteza climática na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul está adicionando complexidade ao mercado, com rumores de que alguns produtores já iniciaram a semeadura da nova safra 2024/25 antecipadamente. As negociações durante a semana foram pontuais, com os preços sustentados apesar da demanda contida. A oferta é limitada, as vendas são lentas e as margens da indústria estão apertadas.
A tendência é de alta, porém o mercado permanece em um estado de relativa incerteza. A indústria e os produtores estão atentos à situação, enquanto o mercado se ajusta a essas variáveis.