Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) encerra colheita e contesta necessidade de importação de arroz no Brasil
Nesta sexta-feira (14), o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) anunciou o encerramento da colheita de arroz no Rio Grande do Sul, afirmando que não há embasamento técnico para a importação do cereal no país. Enquanto o governo defende a compra emergencial, produtores gaúchos contestam a medida.
Segundo o Irga, a safra de arroz no estado atingiu 7,16 milhões de toneladas, com 900,2 mil hectares semeados. A colheita já alcançou 94,61% da área plantada, restando apenas 1.548 hectares em processo de colheita. As enchentes ocorridas em maio resultaram na perda de 5,22% da área semeada.
Na safra anterior, o Rio Grande do Sul plantou quase 840 mil hectares, com uma produção ligeiramente superior, totalizando 7,2 milhões de toneladas. O estado é responsável por cerca de 70% da produção nacional de arroz, sendo que o país consome aproximadamente 10,5 milhões de toneladas por ano.
O presidente do Irga, Rodrigo Machado, reiterou que os dados da safra atual confirmam a capacidade de abastecimento do país sem a necessidade de importação de arroz. Por outro lado, o governo tem defendido a importação para controlar os preços após as enchentes.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, informou que o leilão de importação foi cancelado devido a irregularidades, e um novo certame será realizado pela Conab. Fávaro também criticou os aumentos de preços do produto após as enchentes, classificando-os como especulativos e prejudiciais à economia e à população.