No último sábado, durante uma manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, um dos principais temas discutidos foi a possível anistia aos envolvidos nos ataques aos Três Poderes em janeiro de 2023. Políticos como Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas defenderam o perdão aos condenados que vandalizaram prédios públicos. Uma proposta de lei conhecida como “PL da Anistia” já está em andamento no Congresso, com o apoio de figuras como a presidente da CCJ da Câmara, Caroline de Toni.
Durante o evento, Bolsonaro e outros discursantes destacaram a importância da anistia, argumentando que o episódio de 8 de Janeiro foi mais uma “catarse” do que um golpe de Estado. Tarcísio de Freitas descreveu a anistia como um “remédio político” para os condenados, e aliados como Eduardo Bolsonaro também abordaram o tema.
A concessão da anistia aos condenados requer a aprovação do Congresso Nacional, passando pela Câmara e pelo Senado, além da sanção presidencial. No entanto, mesmo com a tramitação da proposta, a anistia é vista como improvável devido aos desafios políticos envolvidos. Vale lembrar que em 1979, durante a ditadura, o ex-presidente João Figueiredo concedeu anistia a milhares de pessoas, incluindo militares envolvidos em crimes de tortura e assassinato.
O debate sobre a anistia aos condenados pelos eventos de 8 de Janeiro continua em andamento, porém sua aprovação é incerta diante das etapas políticas necessárias.