Na terça-feira, 10 de dezembro, a Polícia Federal ouviu o depoimento de uma mulher que alega ter sido vítima de assédio sexual por Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania. Almeida foi demitido do cargo após denúncias feitas à ONG Me Too Brasil. Uma das vítimas apontadas seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Almeida nega as acusações.
O depoimento da suposta vítima faz parte de uma investigação em curso pela PF, que será encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 11, para decidir sobre a jurisdição do caso. A decisão de enviar o caso ao STF antes da formalização do inquérito tem o objetivo de evitar questionamentos futuros sobre a investigação.
As denúncias vieram à tona por meio do site Metrópoles. A ONG Me Too Brasil alega que Almeida foi denunciado por pessoas ligadas ao governo, e que membros do governo tinham conhecimento dos relatos há pelo menos três meses, através de Anielle Franco. A denúncia chegou ao Palácio do Planalto, mas não avançou devido à ministra não formalizá-la, alegando não querer prejudicar o governo.
Após a exposição do caso, Almeida se pronunciou como alvo de denúncias sem provas e solicitou à Justiça que a organização apresente esclarecimentos. Como desdobramento, ele foi exonerado e a deputada estadual Macaé Evaristo (PT) assumiu o cargo de ministro dos Direitos Humanos.