O Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu de forma unânime, nesta quinta-feira, manter o acesso à pílula abortiva mifepristona inalterado. A decisão representa uma vitória para os defensores do direito ao aborto, garantindo que o medicamento continue sendo enviado aos pacientes sem a necessidade de uma consulta prévia.
Essa é a primeira decisão do Supremo Tribunal dos EUA em relação ao aborto desde que os juízes mais conservadores anularam o acordo Roe v. Wade em junho de 2022, o qual protegia constitucionalmente a interrupção voluntária da gravidez nos EUA.
Os juízes determinaram que os opositores do aborto não tinham base legal para contestar a aprovação da mifepristona pela agência reguladora de alimentos e medicamentos (FDA) ou suas medidas para facilitar o acesso ao medicamento. Isso evitou possíveis restrições ao acesso à mifepristona em todo o país, mesmo em estados onde o aborto é legal.
A decisão foi crucial para assegurar que o acesso ao medicamento não fosse limitado, pois isso poderia afetar diversos medicamentos regulamentados pela FDA, como vacinas, medicamentos para o VIH e tratamentos de saúde relacionados à identidade de gênero.
A mifepristona atua como um bloqueador de progesterona e é usada em conjunto com o misoprostol para interromper a gravidez até as 10 semanas. A falta de disponibilidade ou dificuldade de acesso à mifepristona poderia comprometer a eficácia do procedimento, como alertaram profissionais de saúde.
Os opositores do aborto argumentaram que as decisões da FDA em 2016 e 2021 de flexibilizar as restrições para obter o medicamento representavam um risco para a saúde das mulheres. No entanto, a decisão unânime do Supremo Tribunal dos EUA preservou o acesso à mifepristona.
Essa decisão destaca a importância do acesso ao aborto seguro e legal, protegendo o direito das mulheres de tomarem decisões sobre sua saúde reprodutiva. Para mais detalhes, consulte a fonte da notícia: [Notícias ao Minuto](https://www.noticiasaominuto.com.br/mundo/2162195/supremo-dos-eua-mantem-acesso-a-pilula-abortiva-em-voto-unanime).