O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, na quinta-feira (12), a Rede Alyne, uma atualização da antiga Rede Cegonha, com foco no cuidado de gestantes e bebês na rede pública de saúde. O objetivo é fornecer um atendimento humanizado e completo, considerando as disparidades étnico-raciais e regionais. A meta é reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027 e em 50% para mulheres pretas, visando atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU de 30 óbitos por 100 mil nascidos vivos até 2030.
Durante o lançamento do programa, Lula emocionou-se ao recordar a trágica morte de sua primeira esposa e filho devido a negligência médica durante um parto de emergência. O novo modelo da Rede Alyne presta homenagem a Alyne Pimentel, vítima de falta de atendimento adequado em 2002. O programa busca assegurar um cuidado digno e abrangente para gestantes, incluindo exames, acompanhamento médico e suporte no transporte para a maternidade.
Entre as inovações do programa estão a integração entre maternidades e Saúde da Família, investimentos em equipes especializadas em obstetrícia e garantia de vagas para atendimento. O Ministério da Saúde planeja investir consideravelmente na rede, ampliando o financiamento para exames pré-natais, novos exames na rede e estruturação de equipes especializadas em atendimento materno e infantil.
Adicionalmente, serão construídas novas maternidades e centros de Parto Normal, com investimentos bilionários, priorizando regiões com altas taxas de mortalidade materna. O Brasil também fortalecerá sua rede de bancos de leite humano e incentivará o Método Canguru, que promove o contato pele a pele entre pais e bebês prematuros. Está previsto o lançamento de uma versão eletrônica da Caderneta da Gestante em 2024, por meio do aplicativo “Meu SUS Digital”.