O governo alemão, sob a liderança de Olaf Scholz, decidiu reforçar o controle nas fronteiras do país, o que gerou controvérsias e descontentamento entre os países vizinhos, desencadeando uma crise na União Europeia. A medida, anunciada pela ministra do Interior, Nancy Faeser, tem como objetivo limitar a entrada de certos refugiados e foi criticada por ser vista como uma estratégia eleitoral, devido às próximas eleições parlamentares.
A decisão foi tomada em meio à queda de popularidade da coalizão governante e à pressão da principal oposição, a CDU, que defende uma postura mais rigorosa em relação à imigração. Um ataque terrorista perpetrado por um imigrante ilegal sírio também contribuiu para a controvérsia em torno do tema.
A imposição de restrições nas fronteiras alemãs recebeu duras críticas de países como Áustria, Polônia e Grécia, que consideram a medida inaceitável e uma ameaça ao princípio de livre circulação na UE. Apesar de a ação de Berlim estar dentro das normas europeias, há preocupações sobre os desafios logísticos e as consequências para o transporte de pessoas e mercadorias.
Mesmo com o aumento dos pedidos de refúgio na Alemanha, analistas apontam que a situação migratória atual não pode ser considerada uma crise. As divergências entre o governo e a oposição em relação à melhor abordagem para lidar com a imigração têm intensificado a tensão política, com ambas as partes se acusando mutuamente.