Na quarta-feira, dia 12 de outubro, a ex-prefeita de Sinop (MT) Rosana Martinelli (PL-MT) assumiu temporariamente uma vaga no Senado em substituição ao senador Wellington Fagundes (PL-MT), que se afastou para tratamento de saúde e deve retornar até 9 de outubro. Rosana Martinelli, que é a segunda suplente do senador, está sendo investigada por possíveis envolvimentos em eventos do dia 8 de janeiro.
Durante seu discurso de posse, a senadora criticou a condução do processo, que está em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF), mencionando a suspensão de suas contas bancárias por meses e a retenção de seu passaporte pela polícia.
Na cerimônia, estiveram presentes Valdemar Costa Neto, presidente do seu partido, também investigado no inquérito relacionado à tentativa de golpe de Estado, e outros parlamentares como Rogério Marinho, Flávio Bolsonaro, Eduardo Girão e Marcos Rogério, que manifestaram apoio à senadora.
Rosana Martinelli ressaltou seu apoio ao agronegócio, se descrevendo como uma mulher forte e sensível, e declarou ser contra a invasão de propriedades. Ela expressou solidariedade aos que tiveram seus direitos violados e falou sobre sua esperança de que o Senado possa auxiliar os “patriotas” que lutaram pela liberdade.
Atualmente, há um projeto de anistia para os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes em tramitação no Senado, proposto pelo senador Hamilton Mourão, enquanto o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, defende punições aos responsáveis pelos atos de vandalismo.
Segundo o site UOL, Rosana Martinelli participou de bloqueios de estradas e fechamento do comércio em protesto à derrota eleitoral de Jair Bolsonaro após as eleições de 2022. Vídeos obtidos pela reportagem mostram a senadora incentivando a paralisação até que supostas fraudes nas urnas eletrônicas fossem investigadas, embora essas alegações tenham sido desmentidas por órgãos de auditoria. Na época, Rosana afirmou que sempre apoiou manifestações pacíficas, mas não concordava com o bloqueio de rodovias.