O candidato Pablo Marçal escolheu a carteira de trabalho como símbolo de sua campanha à Prefeitura de São Paulo e acusou seu adversário Guilherme Boulos de nunca ter trabalhado, o que foi desmentido. No entanto, surgiram informações indicando que empresas ligadas a Marçal enfrentam processos por não registrar a carteira de funcionários e acumulam condenações por irregularidades trabalhistas. Funcionários de algumas dessas empresas entraram com processos alegando falta de registro e más condições de trabalho.
Durante uma entrevista no programa Roda Viva, Marçal foi confrontado sobre a falta de registro de funcionários em suas empresas, e ele justificou que a maioria delas é terceirizada devido ao envolvimento com tecnologia. No entanto, registros de processos revelam que trabalhadores como pintores, faxineiras e jardineiros moveram ações contra as empresas de Marçal por violações trabalhistas.
Uma das empresas mencionadas, o Resort Digital, foi condenada a pagar R$ 80 mil por irregularidades trabalhistas e danos morais. Outros casos envolvem falta de registro em carteira, condições de trabalho insalubres e acidentes de trabalho. As empresas alegam falta de provas nos processos e, em alguns casos, não se pronunciaram.
A reportagem tentou contatar Marçal para comentar sobre os processos, mas não obteve resposta. As empresas citadas nos processos também defenderam-se alegando falta de provas nos relatos dos trabalhadores. Os casos encontram-se em andamento, com audiências marcadas para apurar os fatos.