O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião com ministros para discutir a revisão de gastos públicos. A equipe econômica está avaliando a necessidade de ajustes diante da incerteza fiscal e da valorização do dólar. Durante sua estadia na Itália, Lula mencionou a possibilidade de realizar cortes nas despesas públicas, desde que os mais vulneráveis não sejam prejudicados.
A dificuldade em aprovar medidas de aumento da arrecadação no Congresso tem levado o governo a considerar a revisão de despesas como uma saída. A manutenção da taxa básica de juros e a preocupação com a inflação também contribuem para a necessidade de reavaliação dos gastos.
No entanto, a realização de medidas impopulares pode ser adiada devido às eleições municipais. O governo está avaliando a possibilidade de contingenciamento de gastos e outras ações para demonstrar comprometimento com a meta fiscal de 2024.
Lula destacou a importância de proteger os investimentos mínimos em saúde e educação, que são atrelados à receita. Embora haja discussões sobre limitar o crescimento dessas despesas, o presidente parece não ser favorável a essa ideia no momento.
A revisão de gastos também pode envolver a desvinculação de benefícios como BPC, abono salarial e seguro-desemprego, assim como mudanças na Previdência dos militares, que apresenta um déficit considerável. A equipe econômica está buscando medidas que garantam a estabilidade fiscal sem prejudicar o acesso da população a serviços essenciais como saúde e educação.