O Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social do Estado de São Paulo (SINSSP) rejeitou a proposta de aumento salarial do governo federal para os servidores do INSS. A maioria dos presentes, representando 73%, votou contra o aumento de 9% em janeiro de 2025 e mais 9% em abril de 2026, em uma votação realizada nesta quinta-feira (19).
A greve dos servidores do INSS, iniciada em 10 de julho, tem causado divisões entre os servidores, que estão organizados em diferentes grupos. O SINSSP defende um reajuste salarial de 33% até 2026 e a valorização da carreira de técnico do seguro social. Durante a assembleia, os servidores também rejeitaram o alinhamento das três entidades sindicais envolvidas nas negociações com o governo.
Enquanto isso, a Fenasps, outra entidade do setor, aguarda até esta sexta-feira (20) para definir sua posição. Após uma reunião com a Secretaria-Geral da Presidência da República em busca de uma nova proposta, o Planalto se propôs pela primeira vez a intermediar uma solução.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela extinção do processo apresentado contra o acordo entre o governo federal e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), o que pode acelerar o fim da greve dos servidores do INSS. A categoria reivindica o cumprimento do acordo firmado na greve de 2022, que previa um aumento de 36% até 2026.
O INSS informou que o novo acordo inclui a reestruturação da carreira do Técnico do Seguro Social, com mudanças na legislação que definem as atribuições da função como estratégicas e finalísticas. O instituto também garantiu a implementação do Comitê Gestor da Carreira, que lidará com questões como a exigência de nível superior para ingresso em cargos de nível médio.
A negociação foi conduzida pelo Ministério da Previdência Social, sob a gestão de Carlos Lupi, e contou com a participação do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. A decisão final sobre a greve e a negociação do aumento salarial dos servidores continua em andamento.