Estudantes da Uerj são retirados de prédio após mais de 50 dias de ocupação
Os estudantes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foram desalojados do Pavilhão João Lyra Filho, importante prédio do Campus Maracanã, após mais de dois meses de ocupação. A desocupação se deu devido ao descumprimento do prazo estabelecido pela Justiça para que deixassem o local, o que resultou na intervenção da Polícia Militar para efetuar a remoção.
Durante a ação, ocorreram confrontos entre os policiais, que utilizaram bombas de efeito moral, e os estudantes, que responderam lançando pedras. Alguns estudantes foram detidos, incluindo o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que foi preso ao tentar apoiar os estudantes.
A reitoria da Uerj confirmou, por meio de comunicado, a conclusão da desocupação do prédio e a reintegração dos espaços da universidade. A instituição lamentou a postura inflexível dos grupos extremistas que ocuparam o local, apesar dos esforços de negociação prévios.
Os estudantes expressaram sua indignação com a atuação da reitoria nas redes sociais, acusando-a de agir de forma autoritária. O PSOL também se pronunciou sobre a prisão do deputado Braga, considerando-a arbitrária e ilegal.
Os estudantes protestavam contra as alterações nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil, exigindo a revogação das decisões administrativas que restringem o acesso a esses benefícios. As novas normas deixariam de contemplar mais de mil estudantes que não atendem mais aos critérios para receber auxílios.
Apesar dos conflitos, a universidade implementou medidas de transição, como o pagamento de auxílios temporários, para minimizar o impacto das mudanças nas regras de concessão de benefícios estudantis. O caso foi levado à esfera judicial e uma audiência foi agendada para buscar um acordo sobre os valores das bolsas de estudo e auxílios.
Fonte: Agência Brasil