Brasil receberá Comissão para Avaliar Situação do Sarampo em Novembro
No dia 4 de novembro, o Brasil sediará a reunião da Comissão Regional de Monitoramento e Verificação da Eliminação do Sarampo, da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita nas Américas. Esta será a quarta vez que o grupo se reúne no Brasil, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para acompanhar a situação das doenças no continente. O encontro em Brasília tem como principal objetivo determinar o status do Brasil em relação ao sarampo.
Em 2016, o Brasil foi certificado como livre do sarampo, mas, devido a casos importados e baixas taxas de vacinação, houve um surto da doença em 2018. Desde então, o país tem trabalhado em colaboração com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para fortalecer a vigilância epidemiológica, a imunização e a mobilização social.
O Ministério da Saúde estima que a comissão permanecerá no país até 6 de novembro. Durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife, o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, expressou confiança na possibilidade de o Brasil ser recertificado como área livre do sarampo. Ele ressaltou os avanços do país em suas ações e o processo de recertificação em andamento.
Segundo dados do ministério, em 2018 o Brasil registrava 9.329 casos de sarampo em 11 estados, perdendo assim o certificado de eliminação. No entanto, desde junho de 2021, não foram identificados novos casos autóctones.
No ano passado, a comissão regional fez recomendações ao Brasil, e várias delas foram atendidas, como a intensificação da vacinação e a modernização dos sistemas de informação. O Ministério da Saúde pretende divulgar uma atualização do plano de ação em outubro, com foco na recertificação do sarampo e na manutenção da eliminação da rubéola.
Destacou-se também a implementação do Dia S, destinado à mobilização nacional para vacinação e detecção ativa de casos de sarampo. O objetivo é não apenas garantir a recertificação, mas também assegurar a eliminação sustentável do sarampo no país, prevenindo surtos como o ocorrido em 2018.
Fonte: Agência Brasil