Candidato à prefeitura de São Paulo pelo MDB, Ricardo Nunes tem sido alvo de críticas de seus aliados devido às suas declarações durante a campanha eleitoral, que foram interpretadas como uma guinada à direita. Em entrevistas a podcasts alinhados ao bolsonarismo, Nunes defendeu o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, propôs anistia para os presos do 8 de janeiro e questionou a obrigatoriedade da vacinação e o fechamento do comércio durante a pandemia.
Essas declarações desagradaram membros de partidos como MDB, PSD e PSDB, que agora solicitam uma nota oficial da campanha para reiterar o compromisso de Nunes com a vacinação. Por outro lado, aliados de Jair Bolsonaro elogiaram as posicionamentos do candidato.
No entanto, líderes de partidos de centro e centro-direita consideram as declarações de Nunes inadequadas neste momento, já que a disputa no segundo turno provavelmente será entre ele e Guilherme Boulos (PSOL). Em especial, a defesa da não obrigatoriedade da vacina foi duramente criticada e gerou desconforto entre os profissionais de saúde.
Apesar das críticas, alguns aliados minimizaram a situação, alegando que as declarações de Nunes têm como alvo um público específico e que era esperado um alinhamento com Bolsonaro, devido à aliança entre os dois.
A campanha de Nunes pretende seguir em frente, concentrando-se em mobilizações de rua e estratégias tradicionais nesta reta final.