Áudios revelam insatisfação de magistrados suspeitos de esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins
A Polícia Federal encontrou áudios que revelam a “insatisfação” de magistrados suspeitos de participar de um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins. Segundo os investigadores, os magistrados estariam envolvidos em pagamentos de propina feitos de forma fracionada e demorada. Os áudios foram classificados como “estarrecedores” pela PF.
Os magistrados em questão são alvos da Operação Máximus, que resultou em dois mandados de prisão preventiva e buscas em 60 endereços em diversos estados. O inquérito teve início com uma denúncia anônima e revelou indícios de corrupção em vários processos, incluindo o envolvimento de uma mineradora.
Os áudios captados pela PF mostram membros do Poder Judiciário insatisfeitos com os pagamentos de propina de forma fracionada e com a demora em recebê-los. A organização criminosa suspeita atua de forma orquestrada para garantir interesses ilícitos no Tribunal de Justiça do Tocantins.
Os desembargadores investigados são Thales André Pereira Maia, filho do desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, Etelvina Maria Sampaio Felipe, presidente da Corte, e Angela Maria Ribeiro Prudente. A desembargadora Etelvina Felipe negou qualquer irregularidade e repudiou seu envolvimento na operação, alegando a intenção de agredir sua honra e apagar sua história.